5 Dicas para Calcular o Preço de Venda de um Produto – Dica 3
LIÇÃO 3 – Estabelecendo o Preço de Venda
Você montou um quadro da Lição 2 para cada produto e teve o cuidado de separar os Custos Variáveis em percentual sobre o PREÇO DE VENDA (a maioria, usualmente) daqueles que variam na quantidade (expressos em R$: tipicamente o custo da mercadoria vendida – o CMV).
Se estiver no caso 2 da Lição 1, coloque tanto nos custos variáveis quanto no preço de venda o somatório de todo o lote / encomenda a ser negociado.
Estamos quase lá. Em suma: para colocar os PREÇOS das mercadorias do caso 1 e do caso 2, você deve levar em conta apenas os Custos VARIÁVEIS do produto ou do lote de produtos no caso 2.
Internamente, se a Margem for positiva o problema está quase resolvido.
Claro, externamente há outro fator a levar em conta: o PREÇO DOS SEUS CONCORRENTES, que usualmente são próximos dos seus.
Acima ou abaixo dos PREÇOS DOS SEUS CONCORRENTES? A resposta agora é “qualitativa” e não mais quantitativa: se seu produto é de algum modo “melhor” do que aquele de seu principal concorrente – e os clientes assim o perceberem (não basta você achar) – seu PREÇO poderá ser igual ou um pouco maior. Por ex: você entrega mais rápido; a qualidade do seu produto é notoriamente melhor, etc. Caso contrário, seu preço deve ser ligeiramente ou até mesmo bem menor do que aquele de seu concorrente.
E aqui voltamos aos custos do nosso quadro: estes orientarão quão baixo você pode ir. O mesmo se dá no caso 2: seus custos dirão até onde você pode dar o desconto na concorrência – para ganhá-la, mas com Lucro.
Em ambos os casos a Margem I deverá ser positiva. Caso não, o preço de venda deve ser aumentado até chegar a uma margem I positiva. Por que?
Se sua Margem I for negativa, significa que a cada Venda diminui o Lucro do negócio. O contrário se a Margem I for positiva: a cada Venda, os custos relativos às vendas estão pagos e aumenta o Lucro do seu negócio.
Usualmente o problema é o oposto: as Margens são positivas e até altas, mas as Vendas não são satisfatórias e o dono do negócio começa a se perguntar se o PREÇO DE VENDA não está muito alto. É comum este caso. Por que isto acontece?
Frequentemente o mark-up que vimos acima está alto demais. Usualmente quem o sugeriu (pode ser até seu concorrente) levou em conta uma “taxa para os custos fixos”. Como vimos anteriormente isto está errado. Agora vamos provar.
Examine o caso 2 que isto fica mais claro: se o cliente lhe propuser comprar o lote de 10 produtos (diversos ou iguais, não importa – coloque os PREÇOS e Custos VARIÁVEIS de todo o lote) com um desconto de 22%. Você fecharia o negócio?
Veja o quadro abaixo:
O que diz nossa regra? Do ponto de vista dos Custos, se a Margem I for positiva, a venda é lucrativa. É o caso aqui, apesar da Margem ser bem mais baixa do que a anterior.
Fecho o negócio? Claro que sim!
Pode haver uma exceção para este caso? Sim, mas é rara e precisa incluir as três condições:
- Caso algum outro cliente tenha interesse no produto / lote,
- E pague mais (desconto de 15%, por ex.),
- E não tenha mais do produto / lote em estoque.
Neste caso, claro, dar preferência ao que paga mais, já que o Lucro será maior.
Na prática do dia a dia: você fecha o negócio.
E os Custos FIXOS? Quando aparecem? É o que vamos ver na próxima Lição.
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